Dia internacional da mulher negra latino-americana e caribenha

Eu, mulher negra, hoje celebro a data que nos une em uma irmandade poderosa, o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.

E neste momento de reflexão e celebração, quero honrar todas aquelas que teceram os fios da nossa história, para que pudéssemos ser protagonistas de nossas próprias narrativas.

Neste dia, que é nosso por direito, quero chamar cada uma de vocês a se questionarem sobre o papel que ocupamos na sociedade atual. Como podemos nos erguer ainda mais? Como podemos ocupar os espaços que nos foram negados? Como podemos fazer valer nossa voz e nossa presença?

Afinal, mesmo com tanto avanço na pauta racial e de gênero, não podemos ignorar que a estrada a ser percorrida ainda é árdua, marcada por desafios que só nós, mulheres negras, conhecemos na pele.

Ainda que nossa história seja um testemunho vivo de que somos capazes de superar realidades inimagináveis, precisamos mudar essa narrativa de sobrevivência, para um roteiro de existência plena, próspera e justa.

Porque ser uma mulher negra, não deveria ser sinal de ser forte, ser batalhadora, ser resistente ou resiliente, pois isso diz muito mais sobre a desigualdade da sociedade, do que valoriza características e qualidades inerentes do ser. Até porque, mulheres brancas também são lidas dessa forma? Deixo com vocês essa reflexão.

Para mim, essa data é sobre ter orgulho da minha jornada, afirmar que sou merecedora do sucesso e me reconhecer como agente de mudança da sociedade. Por isso, celebro minhas conquistas, minhas raízes e relembro a ancestralidades e realeza que flui no meu sangue.

Feliz dia a todas as mulheres negras, latino-americanas e caribenhas, unidas por essa herança ancestral. Hoje e sempre, brilhemos com toda a nossa luz e potência, inspirando o mundo com a nossa presença e transformando a sociedade com a nossa existência.

Assinado,

Uma Mulher Negra que Caminha ao Lado de Todas Vocês.